A indireta é o modo conveniente de brigar/chorar as
pitangas, ao mesmo tempo em que se lambe o próprio saco. O problema é que os
"passivo-agressivos-indireteiros" fazem tudo, menos demonstrar que a
coisa não tem importância (como gostariam). Aliás, se você não sabe ser blasée,
nem tente, porque você não vai conseguir manter isso, e vai ser feio.
Existem diversas maneiras de tentar sair por cima da
carne seca lambendo o próprio saco. As que mais vejo por aí são as ofensivas
(de verdade); as ofensivas morde-assopra (geralmente vindas de pessoas que têm
cu amarrado até pra postar indireta); as inicialmente blasées, do tipo "tô
nem aí", que depois se tornam desesperadas; e as minhas favoritas: quando
os desafetos tentam dar a entender que já estão galinhando. Mal sabem que até
poderiam estar varrendo mais que vassoura de gari, mas quando postam suas
passivo-doresdecotovelagem, só conseguem demonstrar o quanto o drama ainda é
relevante.
Indireta é também a
maneira de eliminar a possibilidade de sair perdendo a discussão, é a Guerra
Fria da internet. Certeza de que se existisse um botão nos teclados que, ao ser
pressionado, matasse gente, não existiria Twitter e Feicibuki. Eu prefiro o
botão do foda-se.